Inverno com Calor = Aedes
Calor fora de época, como o sentido em Vitória da Conquista e região na semana passada, não deixa o Aedes Aegypti 'sumir'.
No verão, é difícil controlar as viroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti –como dengue e zika. Os mosquitos se reproduzem em taxas aceleradas e parecem não ter fim.
Já no inverno, há uma "pausa" nessa proliferação demasiada, que pode ser abalada quando surgem veranicos –como o que viveu São Paulo nesta semana– ou quando o inverno não é tão rigoroso.
Isso acontece porque o metabolismo do inseto é bastante dependente da temperatura e umidade do ambiente. Quanto mais quente, mais os mosquitos voam, picam e se procriam.
Durante o inverno, mais seco na região Sudeste, por exemplo, os ovos dos mosquitos que estão espalhados pelo ambiente conseguem sobreviver por meses –mostrando um pouco de sua resiliência.
A estação também tem um "sumiço" temporário dos mosquitos, mas na verdade eles existem em menor número. Com o frio, eles se movem menos e quase não incomodam.
Se a cada verão há grandes picos de incidência de arboviroses (doenças transmitidas por artrópodes, como os aedes), no inverno o esperado eram vales, que indicam incidência mínima. Quando não esfria tanto, esses vales não são tão profundos –há numerosos casos de dengue o ano inteiro.
Especialistas defendem que combater ovos e larvas de A. aegypti no tempo frio pode reduzir a dimensão das epidemias como a dengue no ano seguinte.
Fonte: Folha Online
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