Música e Amor para Bebês
Como a música e o afeto da mãe ajudam o cérebro dos bebês a se desenvolverem mais
Estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, sugere que pais devem colocar música para seus bebês, pois eles podem se beneficiar disso. Não apenas por acalmá-los, como muitos pensam, mas porque a música pode ajudar no desenvolvimento cerebral da criança.
O estudo envolveu 39 bebês, de nove meses de idade, que foram divididos entre um grupo que ouvia música e um grupo controle. Durante um mês, foram realizadas seis sessões nas quais as crianças brincavam durante 15 minutos. Para o grupo que deveria ouvir música, as sessões eram acompanhadas pelo som ao estilo valsa-like.
Todas as músicas estavam em compasso ternário, como em uma valsa, que os pesquisadores escolheram porque eles são relativamente difíceis para os bebês a aprender.
Uma semana após o término das sessões de jogos, os bebês foram submetidos a exames cerebrais, durante os quais eles ouviam séries de sons de música e fala, com mudanças rápidas no som. Aqueles que haviam participado das sessões com música eram mais capazes de responder a perturbações na fala e no ritmo da música. Isso indica que a música pode ajudar no desenvolvimento cerebral das crianças.
O estudo foi publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Fonte: UPI, 25 de abril de 2016 (em Blog da Saúde)
Estudo americano mostrou que apoio emocional e afeto por parte das mães é ainda mais crucial nos primeiros anos do filho
Que o amor da mãe é importante, ninguém duvida. Mas um estudo americano acaba de ir um passo além ao mostrar que esse amor pode ajudar o cérebro de uma criança a se desenvolver mais.
A autora que liderou o estudo, a psiquiatra infantil Joan Luby, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, descobriu que uma importante área do cérebro cresce duas vezes mais rápido em crianças cujas mães demonstravam afeto e apoio emocional, em comparação com as que eram mais distantes e frias.
Imagens do cérebro mostraram que esse tipo de criação era mais benéfica para crianças com menos de seis anos – e que mesmo que uma mãe se torne mais afetuosa quando a filha ou filho é um pouco mais velho, não é possível compensar os anos em que esse amor foi negligenciado.
Segundo Joan, o estudo sugere isso ocorre porque há um período crucial em que o cérebro responde mais ativamente ao apoio materno, provavelmente por conta da maior plasticidade do cérebro quando as crianças são mais novas. Ou seja, esse amor materno é ainda mais importante nos primeiro anos de vida.
Teste para mães e filhos
A pesquisa foi feita com 127 crianças, que faziam periodicamente exames de ressonância magnética no cérebro desde que começaram a frequentar a escola até a adolescência.
Para qualificar o tipo de mãe, os pesquisadores a gravavam em uma situação em que ela tinha de fazer alguma tarefa estressante na presença dos filhos. Pediam às mães que concluíssem essas tarefas e, enquanto isso, davam aos filhos um presente em um pacote bem atrativo, que os filhos não podiam abrir imediatamente.
Situações similares ocorrem várias vezes ao dia em qualquer família, especialmente com crianças pequenas, que demandam atenção em momentos que, por um motivo ou outro, a mãe não pode dar. Seja porque está trabalhando em casa ou cuidando de outro filho.
Os pesquisadores explicaram que a razão por trás desse tipo de teste é que essas situações são enfrentadas diariamente por muitas mães e são verdadeiros desafios às habilidades maternas.
As mães que conseguiam manter o autocontrole e completar a tarefa, enquanto ofereciam algum tipo de apoio emocional ao filho, foram classificadas como mais afetuosas e mais acolhedoras.
Já as que desprezavam ou ignoravam as crianças ou as que agiam de maneira punitiva recebiam notas menores do quesito apoio emocional.
Pequenas mudanças
As ressonâncias mostraram o impacto dessa diferença de comportamento materno no hipocampo das crianças – uma área no cérebro localizada nos lobos temporais, que é responsável por habilidades como a memória, o aprendizado e o controle das emoções.
"Pequenas mudanças no apoio emocional geram grandes diferenças no resultado final. A relação entre uma criança e a mãe durante o período pré-escolar é vital, e ainda mais importante do que quando a criança é maior", disse a psiquiatra ao site especializado em ciência Science Daily.
"Acreditamos que isso se deve a uma maior plasticidade cerebral quando a criança é menor, o que significa que o cérebro é afetado mais fortemente por experiências no começo da vida. Isso sugere que é vital que crianças recebam apoio emocional e afeto nesses primeiros anos."
A pesquisa mostrou ainda que a trajetória de crescimento do hipocampo estava associada com um desenvolvimento emocional mais saudável quando as crianças passavam para a adolescência.
De acordo com Joan, a pesquisa sugere que talvez seja possível ajudar as crianças a irem melhor na escola, a lidar melhor com a vida adulta e a se desenvolverem de maneira saudável ajudando os pais a aprenderem a oferecer mais apoio e afeto nos primeiros anos dos filhos.
"Também sabemos que fornecer esse apoio aos pais pode ter um impacto positivo em outras características do desenvolvimento infantil, sejam comportamentais ou de adaptação. Então, temos uma razão muito lógica para encorajar políticas que ajudem os pais a oferecer mais apoio emocional aos filhos", afirma a psiquiatra.
Fonte: BBC Brasil
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