Hipertensão
26 de abril comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
Ameaça silenciosa
Nesse 26 de abril comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Por ser um problema que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, é preciso lutar contra a hipertensão, conhecer mais sobre essa doença, tida como traiçoeira e assintomática, buscando a prevenção.
O que é?
A pressão alta ou hipertensão, corresponde à elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais. Apesar do valor normal de pressão arterial ser de 120x80 mmHg, considera- se alteração de pressão apenas quando os valores forem superiores a 140x90 mmHg.
Entenda: o coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de vasos de maior calibre chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é 'empurrado' contra a parede dos vasos sanguíneos. A tensão gerada na parede das artérias é denominada pressão arterial. Essa pressão está sujeita a uma série de variações: fatores de estresse físico e mental (tecnicamente chamados neuro-humorais), comportamentais e ambientais.
O vilão
Uma das maiores causadoras de hipertensão é a ingestão excessiva de sal,que contribui também para o aumento do risco de desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como doenças cardiovasculares e doenças renais.Uma pesquisa internacional detectou que 75% da população mundial consome 4 gramas de sal por dia, o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de até 2 gramas diários.
Dicas para diminuir a quantidade de consumo do sal
Retirar o saleiro da mesa, controlar o uso do sal no cozimento, preferir sempre alimentos frescos, substituir o sal por temperos e ervas frescas ou secas (como alho, cebola, salsa e pimenta vermelha fresca, por exemplo), evitar os temperos prontos, temperar a salada de outras formas (com azeite de oliva,limão, vinagre, vinagre balsâmico e ervas, por exemplo), evitar sopas prontas e embutidos, conservas salgadas, salgadinhos, frios salgados e queijos gordos. Para as comidas enlatadas, como milho e palmito em conserva, a dica é remover o excesso de sal deixando-as de molho em água fresca por uma hora.
Jovens
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia , de 6% a 8% das crianças e adolescentes brasileiros na faixa de 7 a 20 anos, têm a doença.
Os fatores que têm causado a elevação da pressão nessas faixas de idade são inúmeros, mas identifica-se como sendo os principais: a vida sedentária, o tabagismo na adolescência, a alimentação inadequada com os fast foods, dentre outros. Crianças obesas têm até 8 vezes mais chances de desenvolverem hipertensão.
Informações divulgadas pelo Ministério da Saúde constatam que nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. No grupo dos adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas quatro décadas.
A SBC criou uma cartilha com esclarecimentos e orientações. Confira: http://prevencao.cardiol.br/campanhas/img/cartilha_hipertensao2013.pdf
DADOS ESTATÍSTICOS NO BRASIL:
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010. Em relação ao ano passado, no entanto, o levantamento aponta recuo de 1,1 ponto percentual – em 2009, a proporção foi de 24,4%.
Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no DF. De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). “Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade”, explica o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
O estudo aponta que a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico é mais marcada na população feminina: enquanto 34,8% das mulheres com até oito anos de escolaridade referem diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em apenas 13,5% das mulheres com doze ou mais anos de escolaridade.
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