Fertilidade
Declínio da fertilidade pode atrapalhar o desejo de engravidar

- A idade em que a mãe, as avós e as tias maternas entraram na menopausa. É provável que a mulher siga a mesma tendência;
- A idade em que ocorreu a primeira menstruação. Quanto mais cedo, mais cedo findará a vida fértil;
- O intervalo entre os ciclos menstruais. Se eles estão ficando mais espaçados, pode ser um sinal de que a fertilidade está declinando;
- O estilo de vida. Se a mulher fuma, bebe ou está muito acima do peso prejudica cada vez mais as chances de gestar. O tabagismo, por exemplo, acelera a destruição dos folículos ovarianos, afetando gravemente a função reprodutiva. Uma alimentação deficitária em zinco e selênio também não é recomendada;
- A realização de quimioterapia ou radioterapia, tratamentos que alteram a fertilidade.
Além de uma conversa detalhada com o ginecologista, é possível averiguar com um exame de sangue como anda a saúde reprodutiva em relação ao que é esperado para a faixa etária e então pensar se vale ou não postergar a gravidez. "Trata-se da dosagem do hormônio Anti-Mülleriano (AMH) ou Substância Inibidora Mulleriana (MIS), que determina a reserva folicular ovariana", diz Cavagna.
Quanto maior a reserva, menos arriscado é o adiamento, ainda que não seja um dado determinante, já que, para engravidar, outros aspectos corporais precisam estar em ordem. "O custo varia entre 300 e 500 reais e é um exame recomendado para mulheres entre 30 e 35 anos que não têm planos imediatos de engravidar."
Alternativa
Optar pelo congelamento de óvulos é uma saída em que muitas mulheres têm pensado como solução para adiar a gestação antes mesmo de chegar ao consultório ginecológico.
Embora essa seja uma opção válida, os médicos pedem cautela com a animação: o procedimento não é garantia de gravidez, ainda mais em se tratando de implantar o embrião, fruto de um óvulo congelado, em mulheres com idade avançada –principalmente mais de 40 anos. Muitas pacientes depositam toda sua confiança em técnicas de reprodução assistida e se esquecem de que os procedimentos, por mais modernos que sejam, continuam precisando de um material básico, o óvulo, e de um organismo saudável.
"Pouco adianta implantar o embrião depois dos 40. Há que se considerar que o corpo já está mais velho, que é mais difícil ele segurar uma gestação", diz Cordioli.
Também não é indicado pensar em congelar depois dos 35 anos. O ideal, de acordo com Cavagna, é optar pelo congelamento entre 28 e 32 anos, período em que os óvulos têm mais qualidade. Segundo Cordioli, há perigo de postergar o uso de óvulos congelados. "Não existem ainda pesquisas consistentes que assegurem quanto tempo o material aguenta em boas condições."
Fonte: Uol- Mulher
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